Dona de uma presença marcante e múltiplos talentos, a atriz e diretora Virginia Cavendish é a convidada de Ronnie Von no programa “Companhia Certa“, que vai ao ar na madrugada deste sábado (26) para domingo (27), à 0h30, na RedeTV!.
Virginia iniciou sua carreira nos palcos do teatro, mas foi com a minissérie “O Auto da Compadecida” (TV Globo, 1999) que conquistou o grande público brasileiro. Aos 54 anos, a pernambucana relembra os bastidores de alguns de seus principais trabalhos na televisão e no cinema, como “Lisbela e o Prisioneiro” (2003) e o próprio “Auto da Compadecida”, ambos dirigidos por Guel Arraes, seu ex-marido.
Ao falar sobre a experiência de interpretar Rosinha na obra inspirada na peça de Ariano Suassuna, ela recorda a pressão que sentiu no início das gravações: “Estava nervosa, tinha muita gente estabelecidíssima e eu estava lá, não começando, mas sentia uma pressão, tinha que acertar muito”, confidencia.
Em um momento mais pessoal da conversa, Virginia também comenta o fim de seu casamento com o cineasta, com quem foi casada por dez anos e teve uma filha, a atriz Luísa Arraes.
“Não fomos apenas um casal, tínhamos uma parceria artística forte, tudo o que fizemos juntos deu certo \[…] Ele foi um grande parceiro de vida e até hoje tenho um amor enorme por ele. Somos muito amigos. Foi muito difícil a separação, porque era uma estrutura familiar importante para mim”, revela.
Com mais de três décadas de carreira, Virginia reflete ainda sobre o potencial do cinema nacional e a paixão do público pelas produções brasileiras: “A gente tem um povo apaixonado pelo país. O nosso cinema tem que virar essa paixão nacional como o futebol, porque a gente tem muita história para contar. Quando “Ainda Estou Aqui” concorreu ao Oscar, estava todo mundo louco, querendo que ganhasse, como no futebol”, diz, destacando o entusiasmo e o orgulho que o cinema brasileiro desperta.
