O terror contemporâneo sempre encontra novas formas de provocar o espectador — seja através de imagens grotescas, atmosferas opressivas ou reflexões íntimas sobre a condição humana. “Juntos“, estreia na direção do roteirista Michael Shanks, une todos esses elementos em uma obra intensa que mistura horror corporal, sobrenatural e drama emocional.
De acordo com informações do Almanaque Geek, lançado mundialmente no Festival de Sundance, em janeiro de 2025, o filme chamou atenção por sua abordagem visceral e perturbadora da ideia de fusão — não apenas física, mas afetiva. Estrelado por Alison Brie e Dave Franco, que também são um casal na vida real, o longa explora o colapso de uma relação sob uma lente metafórica e aterradora.
Na trama, Millie e Tim, tentando recomeçar a vida em uma cidade do interior, enfrentam uma crise emocional que ganha contornos literais após um acidente em uma caverna misteriosa. O que começa como uma história de reconciliação torna-se um pesadelo físico e simbólico, quando seus corpos começam, lentamente, a se unir de forma grotesca.
Com produção da Neon e distribuição na Austrália pela Kismet Movies, “Juntos” não atingiu cifras expressivas de bilheteria, mas conquistou reconhecimento pela originalidade e pela carga emocional de sua narrativa. A crítica tem elogiado o trabalho de Shanks, que faz de sua estreia como diretor um estudo angustiante sobre identidade, apego e transformação.
“Juntos” não é apenas um filme de terror. É uma experiência sensorial e psicológica que questiona até onde estamos dispostos a ir — ou a ceder — por amor.