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O “Globo Repórter” desta sexta (25) mergulha nas alturas e revive as histórias que pulsaram no coração do Brasil

Quando pensamos no Brasil, muitas vezes as imagens que vêm à mente são as das grandes cidades, das metrópoles pulsantes, das avenidas cheias e da agitação cotidiana. Mas há um país que permanece à margem dos holofotes — um Brasil que não cabe em manchetes econômicas, que não aparece em estatísticas nem em trending topics. É o Brasil profundo, aquele que vive na serenidade das chapadas, na fé silenciosa dos quilombos, no ritmo lento das cachoeiras e na força ancestral de suas comunidades.

Nesta sexta-feira, 25 de julho de 2025, o Globo Repórter nos convida a embarcar numa imersão rara e sensível nessa parte do país que poucos conhecem de verdade. Sob o comando do jornalista Chico Regueira, a reportagem não se limita a mostrar lugares — ela propõe uma experiência sensorial, onde o espectador é levado a sentir o pulsar da terra, a escutar as vozes da história e a reconhecer as batalhas silenciosas de um Brasil que resiste. As informações são do Almanaque Geek.

A trilha que conecta passado e presente

A viagem começa na Serra da Lapinha, em Minas Gerais, uma região onde a mata atlântica e o cerrado convivem como protagonistas de uma mesma história. São 24 quilômetros de caminhada, seguindo os passos dos antigos tropeiros e garimpeiros, que desbravaram esses caminhos com pés firmes e coração aberto.

Ali, o tempo parece se dobrar. O silêncio é quebrado apenas pelo som dos pássaros e pelo estalar das folhas sob as botas. E entre essas árvores, histórias ganham vida — histórias de moradores que juram ter visto luzes dançantes no céu, fenômenos inexplicáveis que alguns chamam de espirituais, outros tentam entender pela ciência. “O que importa é que é real para quem viu”, reflete Chico Regueira, lembrando que, neste Brasil, fé e realidade se entrelaçam de forma inseparável.

Cavalos: alma e companheiros de jornada

Ao longo da trilha, o que chama a atenção não são apenas as belezas naturais, mas a profunda relação entre os moradores e seus cavalos. Não são apenas animais para eles — são parceiros, quase extensões de suas próprias histórias e memórias. Em cada trote, há uma conexão silenciosa que fala de respeito, tradição e companheirismo, legado dos tempos em que as estradas eram feitas de barro e coragem.

A experiência transcendente da Cachoeira do Tabuleiro

Mas a jornada não termina na trilha. O ponto alto — e talvez mais inesquecível — é a chegada à Cachoeira do Tabuleiro, a maior de Minas Gerais e a terceira maior do Brasil, com seus quase 200 metros de altura. Ali, em um platô quase inacessível, a equipe do Globo Repórter dorme sob o céu aberto, envolvida pelo som da água que despenca e pela imensidão do silêncio.

É um momento de introspecção e entrega. Jéssica, uma jovem guarda-parque local, dança na beira do abismo. Para ela, a dança é uma forma de diálogo com a natureza, um rito de meditação que conecta corpo e espírito. “A natureza me escuta quando o mundo não escuta mais”, confessa, e suas palavras reverberam na alma de quem assiste.

Niedja Pantaleão
Niedja Pantaleão
Niedja, 36 anos, é natural de Olinda e fundadora do site, onde também atua como editora-chefe. Jornalista há 20 anos, tem no cinema uma de suas maiores paixões e é uma verdadeira maratonista de séries. Desde criança, rádio e televisão sempre fizeram parte da sua vida, alimentando a curiosidade e o entusiasmo que hoje se refletem em sua trajetória no jornalismo cultural.
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