“O Contato” chegou às salas de cinema do Brasil em 15 de agosto. O longa-metragem dirigido por Vicente Ferraz e produzido por Juliana de Carvalho, da Bang Filmes, teve estreia em São Paulo, Rio de Janeiro, Niterói, Brasília, Palmas, Porto Alegre, Recife, Belém, Ananindeua, Santarém e Salvador.
Falado em quatro línguas indígenas, o documentário teve filmagens na região de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, e acompanha o cotidiano de famílias de diferentes etnias: os Yanomami, os Arapaso, os Baniwa e os Hupda.
“O Contato” esteve na Mostra Ecofalante de Cinema 2024, em São Paulo, e, ano passado, teve sua première mundial durante a Mostra Competitiva do Festival É Tudo Verdade. Em 2023, também teve exibição no Festival Internacional do Novo Cine Latino-Americano, em Havana, Cuba. A distribuição do longa é da Pipa Pictures. A produtora Juliana de Carvalho destaca a urgência da temática.

“’O Contato’ foi feito para o público não indígena. Os povos originários conhecem esse cenário exuberante e essa história há muitos anos. Mas é essencial que todos os brasileiros entendam as verdadeiras consequências da invasão dos europeus colonizadores e mais recentemente do poder da ganância.”
As três histórias de “O Contato” estão conectadas pelo Rio Negro, via pela qual os personagens percorrem cerca de três mil quilômetros para chegarem aos seus destinos. Durante a jornada, a narrativa é conduzida por alguns personagens centrais: um grupo Yanomami que leva um filme sobre eles para ser exibido na aldeia; uma mulher Arapaso que viaja até a cidade para cuidar da filha que tem depressão; e uma família formada por Hupda e Baniwa, duas etnias que historicamente não se relacionavam, que vai apresentar seu filho Baniwa para os parentes distantes Hupda.
Para o diretor Vicente Ferraz, a universalidade da história conecta o público com a realidade abordada pelo documentário.
“O grande desafio de realizar um filme sobre um universo aparentemente distante e complexo foi criar um recorte capaz de sintetizar diversos assuntos. Por isso, optei por acompanhar a jornada de algumas mulheres que estavam em busca de solucionar seus dramas familiares. Ao estabelecer uma ponte com elas, descobri que essas histórias, apesar de singulares, são universais e capazes de levar o espectador a entender as consequências da colonização no Alto Rio Negro fazendo uma imersão em uma realidade pouco conhecida dos brasileiros”.
O patrocínio do longa é da Austral, Valid, Civil Master e CSP Consultoria e Informática, com a complementação do Fundo Setorial do Audiovisual / ANCINE / BRDE.