Anitta, ou Ekedji Larissa como ela conhecida dentro do terreiro de Candomblé que ela faz parte, é filha de santo do orixá Logun Edé, divindade de religiões de matriz africana e de origem Nigeriana, filho dos orixás Oxum e Oxóssi, estão representados nos Brajás (colar ritualístico feito de fio de contas que é usado por sacerdotes africanos e adeptos do Candomblé) que ela carrega no pescoço. O azul, para Oxóssi, dourado para Oxum, e o misturado, para Logun Edé.
Anitta não incorpora nenhum orixá. Ela ocupa um dos cargos mais importantes em uma casa de asé. O de Ekedji. Ela é responsável por guardar a casa, zelar, e organizar o candomblé. Ela fica acordada cuidando de tudo, é ela quem dança e auxilia o orixá durante todo o culto.
Nesse contexto, ela é escolhida pelos deuses em determinado momento da vida para ocupar essa função. Ela se torna a ‘mãe’ daquele orixá, po enquanto ele está em terra, é ela quem irá cuidar dele. É comum que chamemos as ekedjis de mãe.
Um momento muito interessante na vida de uma Ekedji, que não é uma obrigatoriedade (um jogo de búzios pode determinar a função), é a suspensão da Ekedji. Eu não sei se foi o caso da Anitta. Mas é comum que em algum momento, em uma gira de candomblé, Logun Edé tenha realizado a suspensão dela.
Com isso, Anitta transmite um forte recado aos seus seguidores e à sociedade como um todo: Ninguém é obrigado a aceitar a religiosidade do próximo, mas, respeitar é primordial. Axé para quem é de axé e amém para quem é de amém!
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