Em entrevista exclusiva ao nosso site, a streamer e apresentadora Jenny Prioli abriu o coração sobre saúde mental, vida pessoal, e começo da carreira na web até os dias atuais. Com seu bom humor, Jenny conquista cada vez mais público, ocupando espaços e crescendo profissionalmente.
1° – Como foi sua vida antes das redes? Infância e adolescência
“Olha eu acho que eu tive uma infância muito padrãozinha [risos], a infância que a maioria das crianças brancas de classe média tem. Mas foi tranquila, meus pais são casados até hoje, nenhum grande trauma. Cresci na igreja adventista, e assim, foi uma infância feliz! Na adolescência nem tanto, mas não conheço ninguém com uma adolescência feliz.
Eu estudava num colégio interno, durante o colegial, eu tinha muita dificuldade de fazer amizades. Lembro que fui me fechando cada vez mais até que no terceiro ano eu faltava muita aula, tinha poucas amizades, não chega a ser um trauma, mas foi uma solidão que foi aumentado com o passar dos anos. Mas deu pra aguentar, pois os poucos que tinham eram bons.”
2° – Como você começou nas redes sociais?
“Desde muito criança eu não era de fazer amigos, mas na minha sala de aula eu era a bagunçeira, a que chamava atenção. Sempre gostei de falar em público, fazer piadinha e etc… e com o surgimento da internet, pessoas como eu foram se embrenhando, eu mesma participava de vários grupos de Facebook, fazia várias piadas, dava diversos textões achando que estava sendo engraçada, e foi natural.
Quem me conhece da faculdade deve me odiar porque eu ficava o dia inteiro enchendo o saco nos grupos de Facebook. Parecia o pânico na TV versão universitária. Daí quando percebi que era conhecida, olha que loucura; eu pensei que tinha isso de chamar atenção nas redes, de falar besteira, falar de filmes, de música. Na época já estavam lançando os YouTubers, estavam todos bombando.
Lembro que comecei no YouTube em 2016, faz um tempão. Desde o meu primeiro vídeo, muita gente viu, mas eu nunca furei a bolha literalmente. O mais perto que cheguei disso foi em 2021, quando eu realmente comecei a viver de internet.”
3° – Como você se sentiu ao ver que estava sendo reconhecida pelo seu trabalho?
“Aqui em Ponto Ferreira ninguém me conhece né, o pessoal conhece as influenciadoras que fazem provador nas lojas, eu ninguém sabe quem é. Então eu fui no Lollapalooza e muita gente veio tirar fotos comigo e daí caiu a real, parecia que eu não estava realmente falando sozinha nas redes, tinham pessoas ouvindo do outro lado.”
4° – Por que escolher os reacts como meio de criar conteúdo?
“Pra ser bem sincera, é mais fácil! [risos]. Antigamente eu fazia vídeos mais roteirizado para o YouTube, e gente, dava muito trabalho. Nas lives você pega o conteúdo que está bombando no momento, reage naquela hora que está bombando, o pessoal nem liga tanto para cenário, é mais tranquilo! Você cria uma conexão com o público na hora através da live, já recebe os feedbacks na hora sabe? Então facilitou meu conteúdo e me incentivou a fazer mais. Todo dia tem vídeo no YouTube porque são cortes de lives”.
“O pessoal gosta muito que eu reaja a álbuns, lançamentos e novidades, além das polêmicas, como a polêmica dos bebês Reborns que teve agora. Eles querem saber sobre o que achamos do que está acontecendo, acho fofo!”
5° – Como foi a sua participação no reality “Você na DiaTv”?
“Foi vergonhosa! Foi ridículo porque eu tinha a maior torcida, e já sabia que sairia no segundo episódio, e meus fãs fazendo montagens comigo escrita ‘campeã’ e eu pensando; ‘coitados’. Eu fiquei com vergonha de ter ido tão mal e os outros verem, acharem que eu só funciono na minha cadeira falando besteira.”
6° – Se você tivesse a oportunidade de apresentar algo na Dia TV, você apresentaria? Se sim, em qual formato?
“Aceitaria sem pestanejar! E eu até queria dizer que sempre falo que aceitaria a Dia TV de braços abertos, e queria deixar claro que já houve conversas entre eu e a Dia TV após o reality. Na época seria um programa diário, teria que me mudar para São Paulo, e exigia também o trabalho jornalístico, que eu não domino muito, então não pude aceitar.
Mas como disse, a Dia TV sempre me recebeu de braços abertos. E pra mim teria que ser um programa de comentarista, de reacts mesmo. Aparecer no ‘Pra Variar’, ou a live do ‘Dia Reage’, mas que é bem pontual, mas eu acharia o máximo.”
7° – Como que você lida com o cuidado a sua saúde mental?
“Minha saúde mental nunca foi pra lá dessas coisas. Trabalhei no banco por muito tempo e foi um dos melhores empregos que eu tive, principalmente financeiramente, mas no último ano eu estava em uma depressão profunda, lembro toda volta pra casa eram duas horas no trânsito onde eu permanecia calada. O meu marido triste do lado porque eu já não conseguia mais ser a mulher feliz que eu sempre fui né? Esse é o meu diferencial. Foi horrível!”
“Sempre tive uma questão mental muito ligada ao meu trabalho, amo ser produtiva, e amo o que eu faço. Quando dá algo errado na internet, ou quando eu recebi muito hate, fico muito frustrada, até por uma indisciplina minha. Eu me medico, passo com o psiquiatra, mas eu não faço terapia, que eu sei ser muito importante, principalmente por eu ser desorganizada com meu tempo e não ter nada fixo. Então às vezes é complicado lidar, mas eu tenho uma boa rede de apoio, todos os meus seguidores, meu marido mesmo, não tenho o que reclamar, me dá o maior apoio. Minhas condições estariam melhores se eu cuidasse mais.
Antes era uma tristeza que não saia, agora é algo mais periódico. Ontem mesmo, fui ao programa do Lucas Selfie e estava tão cansada, mas chegando em casa estava tão feliz e realizada, porque o programa foi tão legal. Eu nunca havia sentido essa satisfação com algum trabalho antes de começar a criar conteúdo, fiz o ‘Gagachella’ e fiquei tão feliz de assistir o show com os seguidores, todos se divertindo juntos. Eu sou muito feliz por isso!”
8° – Mensagem para o público:
“Eu tenho medo que meu público ache que eu estou fazendo graça, mas vamos lá… Meus amores se não fosse vocês eu não teria nada, e agora é sério! [risos]. Tudo eles me apoiam, se eu vou fazer uma pontinha em algum projeto eles vão lá e fazem bagunça nos chats, eles tem um humor tão gostoso. Às vezes o pessoal fala que eu sou engraçada reagindo, e tem piadas que eu só pego do chat, eu sei que sou uma mulher engraçada, mas meu chat é hilário!
Eu sou muito abençoada de ter esse tipo de galera do meu lado, sou abençoada de ser abraçada pelos LGBTs, porque eu sou uma mulher hétero, evangélica, não pertenço há muitas minorias além de ser mulher, e eles não ligam, me abraçam e é isso. Então muito obrigado meus amores, eu amo muito vocês! [emoção].” finalizou Jenny Prioli, emocionada!