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Entrevista | Pequena Loh conversou conosco sobre vida pessoal, trajetória profissional e futuros projetos

Conheça Lorrane Oliveira, a Pequena Loh. A influencer conversou conosco sobre vida pessoal, trajetória profissional e futuros projetos. Confira!

“Sempre quando eu vou contar sobre minha trajetória, começo falando sobre minha infância, porque sempre gostei de comédia, filmes de humor. Tinha uma habilidade de observar e reproduzir as características dos personagens de humor… sempre gostei muito de arte em geral, instrumentos, músicas e enfim…

Até que eu recebi uma proposta do meu primo, de criar um canal no YouTube, e deu super certo no começo. Fiz com medo do que viria pela frente, quando comecei o YouTube era a principal rede para criadores de conteúdo, maior que Instagram, Tiktok e etc… Mas ao longo dos anos fui notando que o conteúdo não era do estilo que eu melhor me adaptava; (eu falava sobre minhas vivências como pessoa com deficiência), não tinha muito como eu encaixar o humor nestes assuntos dentro do YouTube. Daí surgiu o Tiktok, em época de pandemia o Instagram cresceu demais também, e comecei a criar conteúdos paras estas redes, através de vídeos curtos, vídeos com dublagens e vi que viralizou muito. De início foi por hobby, fazia porque gostava; aí o negócio ficou sério… aí a carreira dela veio”, concluiu a influenciadora em tom de brincadeira.

Sensação com o crescimento na carreira:

Eu já estava bastante feliz de ser conhecida regionalmente em Minas Gerais, tinha meus seguidores, mas para mim era algo distante crescer nível Brasil. Foi uma surpresa quando atrizes, cantores, nomes grandes da internet e televisão começaram a me seguir, eu comecei a entender que a partir dali minha vida já era pública, eu me tornei uma figura pública e minha vida iria mudar para sempre! Então eu tive um grande susto ao mesmo tempo que muita felicidade pelo espaço que eu estava ocupando, pelo carinho das pessoas, mandando directs agradecendo pelas risadas que eu os fazia dar. Veio ai!”

Ídolos e inspirações:

Desde pequena acompanhava muito os filmes do Mr. Bean e Jean Carey. Principalmente os do Mr. Bean, me inspiro muito na forma de humor dele, nos justos faciais sem falas, pois ele não falava nos filmes, apenas expressava o que sentia pelo olhar e trejeitos. Ambos foram artistas que acompanhava muito e me faziam rir, o que é difícil pois até hoje tenho dificuldade em achar qualquer coisa engraçada, e eles tinham este dom.

Depois conheci a Tata Werneck, minha ídola! Eu admiro muito a facilidade que ela tem em criar, improvisar, e o jeito único de interpretar que é espontânea. E tive a oportunidade de conhecê-la e gravar com ela. Nunca quis ser igual a ela, mas aprendi muito com sua forma de fazer humor.”

Muita terapia para lidar com isso, mas eu aprendi a me respeitar em relação a ser criativa, porque nem sempre estamos com criatividade, as vezes ficamos tristes querendo ou não, isso é algo nosso, mas aprendi a lidar com os altos e baixos do algoritmo. Da pandemia pra cá, muitas coisas mudaram nas redes sociais, a forma de consumir mudou!

O que viralizava com facilidade na pandemia, hoje fica mais difícil. Hoje em dia aprendi a não ligar tanto para o algoritmo, mas é uma responsabilidade que tenho em postar todos os dias e de estar aparecendo nos storys, mantendo as redes ativas, pois é um processo que já virou rotina, mas tem dias que tiro para descansar e não posto nada. Antes eu achava necessário postar todos os dias… já teve situações onde gravei 6 a 7 vídeos por dia para publicar; até que tive um problema sério psicológico em decorrência desta rotina para o algoritmo.

Como lida com as dificuldades e incertezas da internet:

“Tiro meus dias para descansar, às vezes apenas olhar para o teto, me respeitar e entender meus momentos”. Finalizou a influenciadora sobre saúde mental e pressão das redes.

ensaio fotográfico de Pequena Loh
Reprodução: Internet

Relação familiar e profissional:

Não tinha muito tempo para passar com minha família, até hoje é muito complicado eu conseguir por conta da agenda que é super agitada, eu viajo muito, gravo muito… Não viajo muito para Minas Gerais, são épocas específicas que consigo ir, vai depender da agenda. Já fiquei 5 meses sem ir ver minha família por conta de trabalho, nesse ciclo de um trabalho atrás do outro, essas são consequências que temos por sermos artistas, são coisas que temos que nos atentar.

O que não quer dizer que não posso descansar, semana que vem vou pra Minas, e lá é o único lugar que tenho para me desligar do mundo, quando eu vejo que não estou bem, vou pra lá, onde tenho meus amigos de anos, toda a minha família está lá! Todos me conhecem de outra forma, posso me sentir em casa lá, é algo que minha família e toda a cidade já se acostumaram, não tenha um lugar que vou, que não me peçam fotos, e eu tiro com todos. Primeiramente faz parte do meu trabalho, e se eu estou aqui é por eles, se eu tenho trabalhos são por eles, então não nego fotos a ninguém, e minha família já se acostumou; o que foi complicado no início”.

Objetivo em influenciar o público:

“A principal pauta que eu carrego é o capacitismo, ensinar e falar sobre para meu público, e também como mulher. Acredito que represento muito as pessoas com deficiência e mulheres de todo o Brasil, acredito que sou apenas uma de muitas vozes que estão ali; falando e lutando por nós. A cada conquista que consigo, capas de revistas, entrevistas…me ver ali, ver pessoas como eu neste lugares, o que antes não via. Mulheres também, que não são bem vindas em todas as camadas da sociedade. Estas são as principais pautas que eu carrego, mas acredito que outras pautas como o racismo e homofobia, são importantes para a sociedade, e eu me posiciono e busco entender pois acredito que como uma figura pública, precisamos expressar nossas opiniões sobre assuntos importantes, para influenciar pessoas que nos acompanham de forma positiva”.

Mensagem para os seguidores:

Tem uma frase que ouvi muita da minha vó: ‘Você é pequena por fora e muito grande por dentro’. Foi importante pra mim no início da carreira, quando tive ansiedade e achei que as coisas não dariam certo, esta frase fez muito sentido pra mim! Acho que todos podemos estar onde quisermos estar. Não digo de se comparar pois cada um tem sua realidade e forma de viver, mas acho que principalmente para quem está começando na internet, as dicas que eu dou são: ser autêntico, infelizmente hoje isso está raro pois estão tentando ser outras pessoas, o que não é possível.

Autenticidade, paciência pois não é da noite pro dia que você repercuti e também saber lidar com a fama, pois não são só flores, pelo Instagram é tudo muito lindo, tudo muito alegre; mas para alcançarmos esses objetivos, temos que trabalhar muito, ralar muito, persistir e ser responsável com o que vai falar e como vai influenciar as pessoas. Um grande beijo para os meus seguidores, pois sem eles eu não estaria aqui, só tenho a agradecer a vocês por tudo”. conclui Pequena Loh.

Henrique Venirë
Henrique Venirë
Henrique Venirë é natural de São Paulo, tem 18 anos. É criador de conteúdo desde 2022, mas em 2024 se tornou jornalista profissionalmente falando.
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