A premissa até parecia promissora: misturar comédia romântica e ação para contar a história de um casal que precisa enfrentar perigos e confusões no caminho para o altar. Porém, em “Duro de Casar“, essa mistura sai da receita e resulta em um prato indigesto. O filme se esforça para ser engraçado e eletrizante, mas acerta raramente o tom, entregando piadas que soam forçadas e sequências de ação que carecem de impacto.
Os protagonistas, apesar de carismáticos individualmente, não demonstram a química necessária para sustentar o romance – e isso é um problema grave em uma comédia romântica. As situações absurdas, que poderiam render bons momentos, acabam exageradas e previsíveis, enquanto o ritmo irregular faz com que o espectador se perca entre cenas longas demais e resoluções apressadas.
Nem mesmo o visual consegue salvar a produção: as cenas de ação são mal coreografadas, sem a energia necessária para empolgar, e a direção parece indecisa entre apostar no humor físico ou no sarcasmo verbal. O resultado é um filme que promete diversão, mas entrega constrangimento – daqueles que fazem rir não pela graça, mas pelo absurdo involuntário.
“Duro de Casar” falha em quase tudo que se propôs a fazer. Uma comédia de ação que não diverte, não empolga e dificilmente vai conquistar o público, a não ser como curiosidade para quem quer ver como não executar um casamento explosivo.
O filme já está disponível para assistir via aluguel ou compra nas plataformas digitais brasileiras.