Na próxima segunda-feira, 21 de julho, estreia com exclusividade no streaming Adrenalina Pura+, o novo longa-metragem de ação “A Duquesa Vingadora” (“Duchess”). Neil Marshall dirige a produção, que tem como protagonista a atriz britânica Charlotte Kirk. Além de atuar, ela é co-roteirista do projeto e produtora executiva, dividindo as funções com Neil e Simon Farr.
Esta é a terceira vez que a atriz trabalha com Neil Marshall. Anteriormente, ela já havia estrelado os longas de terror “The Reckoning – O Derradeiro Julgamento” (2020) e “Terror no Deserto” (2022). Sobre o novo filme, a atriz conta que buscava um roteiro com uma mulher à frente de uma organização criminosa para protagonizar.
Na trama de “A Duquesa Vingadora“, Scarllet Monaghan (Charlotte Kirk) se vê involuntariamente envolvida no submundo do contrabando de diamantes ao se apaixonar por Robert (Philip Winchester). Sem muitas alternativas, ela se torna líder de uma gangue e adota o codinome “Duquesa”.
“A Duquesa Vingadora” tem 1 hora e 53 minutos de duração, que infelizmente parece ter três. Só pelo pôster de divulgação já dá para perceber que tipo de filme estaremos prestes a assistir. É o típico filme “adição de catálogo para streaming” direcionado a um público-alvo específico, que não possui o mínimo de senso crítico ao escolher o que vai consumir. Porque aqui, neste gênero de filme — que existem outros milhares por aí — o importante é ter testosterona exalando ao cubo.
Embora o filme apresente alguns bons e bonitos enquadramentos de câmera, nada é extraordinário ou de “encher os olhos”. Neil Marshall e a direção de fotografia parecem não ter entrado num consenso final sobre o tom estético que queriam adotar para a obra e foram testando as paletas de cores que tinham disponíveis, resultando assim numa bagunça visual para a narrativa.
E, já que estamos falando de narrativa, a opção de utilizar voice over — um recurso em que a história do filme, série ou livro é narrada pelo próprio ponto de vista do personagem envolvido na ação — não agrega em nada se for empregado de forma excessiva, como acontece neste filme.
O elenco todo — eu disse todos! — entrega atuações que vão além da canastrice e causam vergonha. Com diálogos horríveis que beiram o ridículo, o roteiro dá a impressão de ter sido elaborado por um grupo de crianças do jardim de infância.
O filme testa nossa paciência por 1 hora e 10 minutos, até o momento da virada de arco em que a protagonista se torna a “Duquesa”. O ato final é marcado por uma série de soluções absurdas. Não existe dinamismo nem fluidez na transição de uma cena para a outra. O diretor e a equipe de montagem parecem não ter noção de quando “cortar” as cenas.
No fim das contas, “A Duquesa Vingadora” sabe que não pode se levar a sério e, por isso, adota a galhofa típica dos filmes de ação de baixo orçamento que frequentemente ganham exibição em horários noturnos nos canais de TV.