Nesta quinta-feira (19) começa o primeiro festival de cinema do morro da Mangueira, o Cinema Sobe o Morro, projeto social de audiovisual idealizado por Oliver Tai, cria da Mangueira, modelo há 14 anos e musa da escola de samba da comunidade. O festival realiza, a partir desta quinta-feira, sessões de cinemas mensais, com exibição de filmes nacionais, de classificação livre, principalmente aqueles com temática educativa, e valorizam a cultura preta. Cada edição da mostra será realizada em uma das nove quadras espalhadas pelo território da Mangueira. A entrada é gratuita e o evento fornecerá, ainda, refrigerante e pipoca para os espectadores.
Graças a doações e venda de camisas e bonés personalizados durante o festival, foi possível tirar o projeto do papel e tornar o Cinema Sobe o Morro realidade, levando cultura, lazer e segurança para dentro do morro.
“Hoje, o cinema nacional está em alta, com os prêmios que ganhamos recentemente, mas se pararmos para pensar esse lazer não é para todo mundo. Por mais que esteja na Constituição que lazer é um direito de todos, a gente sabe que não é assim. Uma mãe de dois, três filhos, que mora em comunidade, não consegue levar os filhos ao cinema. O ingresso é caro, comprar pipoca é caro, então ainda é um lazer inacessível para a galera da comunidade. O intuito é trazer o cinema para a comunidade porque através da arte a gente consegue transformar vidas, fazendo com que as crianças da comunidade se interessem por cultura, além de fomentar o cinema independente, dando visibilidade a essas produções.”
Hoje serão exibidos os curtas-metragens “Lá do Alto”, de Luciano Vidigal, “Mandinga”, de Wagner Novais, e “Lápis de Cor”, de Alice Gomes.
A exibição dos filmes será no Campo de futebol da Pedreira, a sete minutos do metrô Maracanã, saída para Mangueira. Rua Bartolomeu de Gusmão, ao lado da Clínica Veterinária da Mangueira.