
A proposta do álbum também denuncia a forma como a sociedade reduz o corpo humano a uma máquina produtiva, negando-lhe espaço para o lúdico, o desejo e a expressão criativa. “A vida é de brincar, e esse sistema criou sérias armadilhas pra gente esquecer disso”, defende o artista.
Musicalmente, “Dance Aqui” é um mosaico de estilos. Do pop eletrônico ao mangue beat, passando pelo carimbó, funk e o rock, o álbum é uma celebração da música pop brasileira em sua forma mais plural. Hilreli se inspira nas rádios populares, na TV aberta, na rua e nas experiências pessoais, criando um som que é ao mesmo tempo autobiográfico e coletivo.
“Escolhe esses estilos porque são os filhos que embalaram minha infância, meus amores, minhas danças no quarto, minhas crises existenciais. Esse álbum é um caldeirão afetivo, sonoro e político“, diz Hilreli.
O álbum também se destaca pela colaboração com artistas que se unem à mesma visão de mundo. Talentos com nomes como Jovem Chagas, Martins, Daniel Arm e a Banda Calorosa são apenas algumas das presenças que ajudam a dar corpo e alma ao projeto. A produção musical é assinada por Nathan Itaborahy, com quem Hilreli dividiu a construção afetiva e criativa do álbum.
“Cada pessoa nesse projeto trouxe sua força, sua vivência e deixou um rastro lindo. Foi quase como montar uma banda de super-heróis sensíveis“, brinca o cantor.