O longa-metragem “Alegria Brasil, estrelando Maria Alcina”, dirigido pela cineasta Elizabete Martins Campos, entra em fase de pós-produção e montagem, consolidando um arquivo de 50 horas de filmagens inéditas e uma trilha sonora com 35 canções. A obra une duas artistas mineiras de diferentes gerações — a diretora e a icônica cantora Maria Alcina — para celebrar a identidade brasileira, o alto astral e a irreverência como essência do País.
Com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2026, o filme busca parceiros para finalização e distribuição. A diretora ressalta que a proposta é “fortalecer na obra aspectos de metalinguagem e diálogos entre diferentes artes que o cinema envolve e o projeto propõe”.
O projeto traz uma cena animada de De Normal Bastam os Outros, de Arnaldo Antunes, coordenada por Sávio Leite e alunos da UEMG, usando múltiplas técnicas visuais.
A trilha sonora, totalmente interpretada por Maria Alcina, traz apresentações inéditas e improvisos gravados em locações icônicas da Zona da Mata Mineira, como cachoeira e represa.
Alcina realiza performances em cenários como circo, ferro-velho e sua antiga escola, mostrando o caráter experimental do filme, segundo Elizabete Martins.
A produção musical é de Thiago Marques Luiz e Elizabete Martins, com Yuri Queiroga responsável por 12 arranjos inéditos. A trilha inclui clássicos da música brasileira e obras de novos compositores da Zona da Mata, vencedores do concurso de música autoral do projeto.
O longa, filmado em Cataguases (MG), contou com 350 figurantes e a participação de grupos culturais locais, fortalecendo a ideia de que “a comunidade é parte da obra, e não apenas espectadora”.
As filmagens também passaram por São Paulo, com registros durante o carnaval e a Parada do Orgulho LGBTQIAPN+, além de cenas históricas da Rosas de Ouro, escola em que Maria Alcina desfilou em 1981.
O projeto iniciou em 2019 e já movimentou a cadeia audiovisual da região, envolvendo profissionais do cinema, comércio local e espaços culturais, fortalecendo o Polo Audiovisual da Zona da Mata como centro criativo.