A aguardada série documental “A Mulher da Casa Abandonada” chegou ao catálogo do Prime Video nesta sexta-feira, 15 de agosto. Inspirada no podcast homônimo criado por Chico Felitti, a produção promete trazer novas perspectivas sobre um dos casos criminais mais polêmicos do Brasil.
Do áudio para a tela
Ao transformar o podcast em série, a direção de Kátia Lund, ao lado de Livia Gama e Yasmin Thayná, expandiu a narrativa. Durante mais de um ano de apuração, a equipe coletou documentos inéditos, ouviu especialistas e cruzou informações entre Brasil e Estados Unidos. Aí, o público tem acesso a detalhes jamais explorados anteriormente.
Novos depoimentos e revelações
Um dos pontos mais impactantes da produção é o depoimento inédito de Hilda Rosa dos Santos, vítima central da história. Diferente do podcast, ela aceitou aparecer diante das câmeras, compartilhando sua experiência de mais de 20 anos em condições análogas à escravidão nos Estados Unidos. Além disso, entrevistas com vizinhos, autoridades e agentes do FBI enriquecem a narrativa.
Outro diferencial é a inclusão de documentos judiciais e relatos que ajudam a compreender como o ex-marido, Renê Bonetti, foi condenado e preso. Já Margarida Bonetti, apontada como cúmplice, segue no Brasil e nunca foi extraditada.
Impacto social e responsabilidade editorial
O caso teve repercussão internacional e foi decisivo para a criação de uma lei nos Estados Unidos que garante permanência legal a vítimas de trabalho forçado. Para lidar com a sensibilidade do tema, a série abre com um aviso condenando qualquer forma de perseguição às pessoas retratadas.
Uma narrativa acessível
Mesmo quem não ouviu o podcast pode acompanhar a série sem dificuldades. O primeiro episódio apresenta toda a trajetória de maneira clara, garantindo uma experiência envolvente e impactante.
Com apenas três episódios, “A Mulher da Casa Abandonada” combina denúncia social, investigação jornalística e reflexão histórica.