sábado, agosto 9, 2025
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EXCLUSIVO: Tássia Dhur, estrela de “DNA do Crime”, revela experiências profissionais, vida pessoal e mais

A atriz maranhense Tássia Dhur que também se desdobra nas funções de produtora e diretora, falou conosco em entrevista exclusiva onde contou mais sobre vida pessoal, regionalidade, cultura, trabalhos e bastidores da sua trajetória no meio artístico. Confira!

Essa sua conexão com as artes e atuação vem desde criança?

Eu tenho um tio que é documentarista, mas ele também fez algumas ficções, e desde crianças ele me chamava para fazer algumas pontas. Mesmo sem entender o que realmente era, eu já estava lá, e curtia muito isso. Porém, aqui em São Luís, no Maranhão, não se tinham muitas possibilidades, hoje isso está mudando, mas eu falar naquela época que queria ser atriz era algo de outro mundo. 

Não foi algo que pensei como possibilidade no início, foi só quando saí do meu núcleo familiar, onde morei quatro anos em Recife, Pernambuco, e estudei teatro, entendendo que era realmente isso que eu queria.

Você é maranhense e enaltece bastante sua cultura, como ela te atravessou enquanto artista e pessoa? Se isso aconteceu.

O folclore maranhense é muito forte! Por ser um estado muito extenso, temos vários tipos de eventos festivos ligados à fé que estão conosco desde a infância. Nós temos quatro feriados de Santos que estão em nosso sangue. São eles, São Pedro, São Marçal, São João e Santo Antônio, quatro Santos, que cultuamos no mês de junho. Tanto é que o Brasil agora está voltando os olhos para nossas manifestações culturais, a Alcione já falava muito sobre, mas só agora temos essa visibilidade. Essa cultura está no meu DNA.

Dentro da minha formação enquanto atriz, tenho minha produtora maranhense, que estamos inclusive gravando um filme totalmente ambientado e ligado à cultura maranhense. Levo tudo o que vivi dentro do meu estado para minhas criações, para os meus roteiros e trabalhos.

De onde surgiu a ideia de criar sua produtora cinematográfica? 

Eu comecei como atriz há mais ou menos 17 anos, e quando fui para São Paulo estudar teatro, assim como cinema, entendi como funcionava a indústria cinematográfica, por meio de filmes e séries. Após a pandemia, decidi voltar à minha cidade natal, na qual eu me reconheço, por decisão minha mesmo, quis trazer minha bagagem sobre o que aprendi, todas as técnicas e estrutura para criar. No norte e nordeste do Brasil, ainda temos um déficit muito grande de investimento em cinema e produções audiovisuais. Temos muitos festivais de cinema aqui, e minha produtora veio desta necessidade de desenvolver minhas produções aqui, o que é um trabalho árduo e devagar, mas necessário para ampliarmos o cinema nacional.

Como foi a preparação e produção da sua personagem em “DNA do Crime”, da Netflix?

Era pós-pandemia, e a produtora de elenco me enviou um e-mail para eu fazer um teste para a série. Gravei um ‘selfie tape’, que foi uma das poucas coisas boas que a pandemia trouxe, se é que trouxe. Através deste ‘selfie tape’ fiz uma participação na primeira temporada da série, e me surpreendi ao saber que ela iria crescer na segunda temporada.

A minha personagem foi a ‘Luana’, e a preparação para ela foi grandiosa. Como ela é uma personagem que estava literalmente na fronteira, vejo ela na fronteira em muitos sentidos, seja entre o bem e o mal, entre o legal e o ilegal… ela se arrisca com um propósito, ela tem um lado de interesse ao mesmo tempo que humana, mas enfatizei que ela estaria ali pelo dinheiro, e faria oque tivesse que fazer pelo dinheiro e pelo filho. E no final ela se dá bem, e ainda bem por isso.

Qual seria o papel dos seus sonhos em futuros trabalhos? 

Apesar de fazer muito drama, tenho muita vocação para a comédia, inclusive o meu dia a dia tem muita comédia. Mas o meu receio de trazer isso para as minhas redes sociais, por exemplo, é que só me chamassem para atuar nestes papéis de comédia. Embora tenha vontade de fazer comédia. Além de fazer parte de uma produção latino-americana, que englobasse todos os latino-americanos, uma comédia latina, que permeasse vários países latinos. Óbvio que todos os atores querem estar em Hollywood, mas como latina, percebendo essa onda de preconceito contra latinos, acredito que valorizar nossa cultura e diversidade é essencial.

Sobre projetos futuros, quais são seus próximos trabalhos?

Agora não tenho nenhum projeto encaminhado fora os meus próprios projetos. Tenho o ‘Mercado Central’, que foi o meu curta-metragem mais recente, que inclusive estrearemos fora. Mas neste exato momento estou iniciando a pré-produção de um longa-metragem, onde estou como produtora executiva e diretora. Tem a série ‘Aqueles Dias’ onde eu interpreto a personagem ‘Anitta’, na TV Cultura, que acredito ter uma segunda temporada. E estou indo para São Paulo, onde vou voltar as minhas atenções aos projetos de lá.

E se você pudesse trabalhar com alguma atriz ou ator específico, quais seriam eles?

Dentro da minha realidade, sendo um sonho meu… no teatro, tenho o sonho de ser dirigida pelo Henrique Dias e de contracenar com a Mariana Lima. Ela é atriz e ele também é ator e diretor, e acho seus espetáculos maravilhosos. Mas se fosse algo fora da minha realidade, digo, fora do Brasil, meu sonho seria contracenar com Ricardo Darin, argentino, concluiu Tássia Dhur.

Henrique Venirë
Henrique Venirë
Henrique Venirë é natural de São Paulo, tem 18 anos. É criador de conteúdo desde 2022, mas em 2024 se tornou jornalista profissionalmente falando.
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