O cantor Buchecha ícone do funk melody, esteve no The Noite com Danilo Gentili, desta terça-feira, 27 de maio. O que não faltou foram histórias emocionantes que marcaram sua vida e carreira, além de um papo sobre seus projetos atuais.
Em alta por conta do sucesso do filme “Nosso Sonho”, cinebiografia que retrata a trajetória da dupla Claudinho & Buchecha, o artista falou sobre o sucesso do filme nas bilheterias, durante o ano de 2023, e agora na Netflix.
“O filme ficou muito legal. Sou suspeito para falar, porque gosto muito do cinema nacional. Ver a minha história, junto com a do Claudinho, sendo contada de uma forma tão bonita me emocionou. Quero enaltecer o trabalho dos diretores, atores e de todo o grande elenco que participou”, disse.
Antes da explosão no funk, Buchecha chegou a cantar em uma banda de pagode. A mudança de rumo veio por influência de Claudinho. Juntos, os dois formaram uma das duplas mais populares do país nos anos 90, chegando a ganhar disco de platina entregue por Gugu Liberato no palco do Domingo Legal.
Buchecha contou ainda uma história comovente envolvendo Claudinho. Pouco antes de falecer, o parceiro fez um pedido especial que só se concretizou muitos anos depois.
“Uma vez, estávamos no estúdio e ele começou a autografar CDs. Perguntei o que ele estava fazendo, e ele disse que estava escrevendo: ‘Para Andressa, quando completar 15 anos’. Aí ele me falou: ‘Quando minha filha fizer 15 anos, por favor, entrega isso pra ela?’. Aquilo me deu um nó na cabeça. Eu respondi: ‘Por que você mesmo não entrega? Que loucura é essa?’. Aquilo mexeu comigo, e acabei não entregando. Ele levou os CDs para casa e deixou com a esposa. Depois, ele faleceu. Disseram que foi uma premonição.”
“Quando a filha dele fez 15 anos, eu lembrei desse pedido. A esposa ainda tinha guardado os CDs. Então, eu disse que queria fazer a festa de aniversário dela e entregar pessoalmente, para realizar esse desejo dele. E foi exatamente isso que aconteceu”, completa.
Com os olhos voltados para o presente, Buchecha segue defendendo o funk raiz e criou recentemente o grupo “Crias do Funk”, com o objetivo de resgatar a essência das letras que marcaram o gênero nos anos 90: “A proposta é resgatar as letras do nosso funk. O estilo atual se distanciou um pouco do que fazíamos nos anos 90, e isso não é uma crítica, a gente entende que a música muda com o tempo, mas achei importante resgatar essa essência. Então, reuni os precursores desse segmento nesse grupo.”
Durante a pandemia, o cantor também decidiu investir em sua formação: “Na pandemia estava tudo ocioso e eu resolvi estudar. Fiz o supletivo e depois ingressei na faculdade de marketing digital. Tem tudo a ver com o meu trabalho também.”
O The Noite ainda contou com a participação especial da cantora e compositora Lara Estelita, que cantou com Buchecha no fim da atração e falou sobre a relação dos dois que se conheceram durante um podcast e construíram uma conexão musical imediata.
O programa também contou com mais uma edição do quadro “Recorde de Audiência”. Dessa vez, com novos participantes tentando superar o canadense Jacob Hillhouse, que bateu o recorde mundial de mais pregadores presos na própria face em um minuto: 52.
